Última atualização: 13/02/2023 às 18h17
Nesta semana, o Confea recebe representantes da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP) para a primeira edição do ano da Cimeira Bilateral – Confea/OEP. A agenda, realizada entre hoje e amanhã (13 e 14/2), em Brasília (DF), reúne conselheiros federais, coordenadores do Colégio de Presidentes (CP) e do Colégio de Entidades Nacionais (Cden).
A avaliação EUR-ACE® (European Acredited Engineer) foi a tônica do primeiro dia de encontro. “Estamos ávidos para conhecer este tema da programação da Cimeira, que será oficialmente aberta amanhã”, disse o eng. eletric. Evânio Nicoleit, vice-presidente representante do eng. civ. Joel Krüger, ao pontuar a relevância da agenda que fortalece a estratégia de articulação internacional dentro do planejamento estratégico do Conselho. “Temos pontes para serem construídas porque o Confea tem interesse em acreditação de cursos”, afirmou Nicoleit, que teve a fala complementada pelo coordenador do Cden. “Este é o futuro e enxergamos o Confea como instituição que pode liderar esse assunto na América Latina”, disse o eng. civ. Vanderli Fava.
Explanada pela vice-presidente da OEP, eng. quím. Lídia Santiago, a iniciativa visa assegurar uma formação de engenheiros com mais qualidade para que os profissionais possam “praticar a Engenharia com segurança e confiança pública no mundo”.
Esse sistema de acreditação, segundo a vice-presidente, abrange critérios de reconhecida exigência que fornece um conjunto de padrões para identificar programas na área da Engenharia de alta qualidade na Europa e no exterior. “A marca EUR-ACE® é um certificado concedido a cursos de Engenharia do ensino superior, por um período de três anos, com base nas visões e perspectivas dos principais interessados; entre eles estudantes, instituições de ensino superior, empregadores, organizações profissionais e agências de credenciamento”, explicou Lídia, listando os principais benefícios da acreditação. “Um deles é a valorização dos diplomados perante o mercado de trabalho, tanto nacional como internacional.”
Além de assegurar que o curso com a marca EUR-ACE® possui elevados níveis de qualidade europeus, o certificado facilita a candidatura a mestrados ou a doutoramentos em instituições que também tenham cursos acreditados pelo sistema e simplifica a mobilidade profissional no espaço europeu. “Também permite às instituições de ensino superior receber recomendações de aprimoramento dos programas educativos; poder declarar publicamente o elevado nível de formação de diplomados; e melhorar a competitividade nos serviços de ensino”, listou a representante da OEP, entidade reconhecida como agência acreditadora desde 2009 e que tem pautado o assunto na comunidade de língua portuguesa. “Nosso objetivo é ajudar os países para que tenham seus profissionais reconhecidos”, frisou, ao comentar que a Ordem de Portugal está dialogando sobre o projeto com Moçambique, desde o ano passado.
Quanto aos procedimentos, Lídia esclareceu que os trâmites envolvem submissão de dossiê das instituições de ensino superior, constituição de júri de avaliação com peritos nomeados pela agência de credenciamento e visita às universidades para recolher elementos sobre instalações, laboratórios, bibliotecas e condições pedagógicas de funcionamento de curso a fim de identificar as não conformidades e recomendar sugestões de melhoria. Após o parecer, é elaborada deliberação final e, em caso de conformidade, é outorgado o selo EUR-ACE® internacional, com validade de até três anos.
De acordo com a palestrante, o Sistema OE+EUR-ACE é constituído por três pré-requisitos e 15 quesitos, desenvolvidos com base em critérios e diretivas do Sistema EUR-ACE. Entre eles, atividades e objetivos e pedagógicos listando as competências adquiridas, soluções inovadoras aplicadas, comportamentos estimulados e trabalhos de laboratório realizados; envolvimento dos docentes na orientação do curso manifestada pelas propostas apresentadas por eles na melhoria das condições de funcionamento do curso, diagnóstico das principais insuficiências e análise das sugestões; e plano de melhoria da qualidade com a hierarquização dos problemas identificados pela instituição de ensino, assim como o seu planejamento e as ações definidas para os resolver.
A Cimeira Bilateral continua nesta terça-feira, no hotel San Marco, a partir das 9h, quando será realizada a abertura oficial da agenda, com a presença dos presidentes e eng. civ. Joel Krüger (Confea) e Fernando Santos (OEP) e do eng.agr. Francisco Almeida (Mútua). Além do alinhamento sobre protocolos de cooperação e acompanhamento de dados estatísticos acerca dos profissionais registrados, a programação prevê a definição da data da próxima Cimeira, que será no segundo semestre, em Portugal.
Julianna Curado Equipe de Comunicação do Confea Fotos: Marck Castro/Confea
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