Vídeo transmitido pelo Canal Lagoa Live
Com a aproximação da ACE conseguida no evento NAUTICA FLORIPA 2020 realizado nos dias 9 e 10 de dezembro passado, foi possível receber interessantes fatos sobre os transportes públicos marítimos. Temos notícias muito boas e pelo prosseguimento das conversações entre a SIE (Secretaria de Estado das Infraestruturas e Mobilidade), vai se sentir que estamos próximos do tão almejado transporte marítimo, e com algumas boas surpresas. Especialmente que estamos mais próximos do fim do “deserto no mar”, que é a situação de pouco ou quase nenhum uso deste nosso recurso precioso.
A SIE contratou ou aproveitou facilidades do Banco Mundial para realizar estudos nestes sentidos. O que havia antes era de uma fragilidade contratual muito grande, significando muita insegurança jurídica, ou seja, poderíamos ter que recuar e começar tudo de novo.
A SIE contratou estudo de viabilidade econômica, ambiental e técnica, um EVETEA para que se averiguasse o CAPEX e o APEX para poder definir tarifas, bem como se pudesse confirmar pontos de embarque e desembarque, rotas náuticas, finalmente onde e quantos fazer estes pontos. Em outras palavras, determinar as limitações ambientais, técnicas e econômicas. Outro ponto de segurança técnica, que nos ajuda nas questões jurídicas, este estudo se baseou, portanto não partiu da estaca zero, no PLAMUS (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável).
Os resultados, conforme adiantaram fontes da SIE, saíram dentro do esperado pelo PLAMUS, o que fez uma espécie de validação, ou mesmo pode se considerar uma atualização deste plano. As 5 linhas ou rotas marítimas se basearam nas já estabelecidas e validou-se as do PLAMUS. A Figura anexa mostra os pontos de partida/chegada e aponta dois modelos de embarcação: três somente de passageiros e duas mistas, isto é, passageiros e cargas (caminhões). As boas novidades começaram neste quesito de carga mista.
Qual é a maior “sacada” das duas rotas náuticas prevendo caminhões? A rota 2 e 5 são as cargueiras e podem substituir com enormes repercussões positivas na economia e na questão ambiental porque substituirão pontes na baía norte e sul, respectivamente. Vejam a figura onde estão seus destinos, básica e respectivamente, atendendo o norte e o sul da ilha—em geral, neste caso o aeroporto, seria um dos beneficiados pontualmente.
O Banco Mundial nos reserva outra oportunidade de ganhos de inovação na recomendação para uso de motores elétricos. Fará muito bem na nulidade de desastres ambientais por derramamento de combustível e mesmo pelo simples uso, aumentado pela pequena ou quase nula perturbação pelo ruído dos motores, tanto dos passageiros, mas também da fauna marinha.
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