Renovando pela segunda vez meus agradecimentos pela confiança a este honroso cargo, numa instituição muito acima do mais grandioso entendimento que se traduz na Associação Catarinense de Engenheiros, renovo os termos da minha primeira fala. Discorri sobre a responsabilidade assumida que exige que se extrapolem alguns conceitos, comportamentos, frente a situação bem complexa que atravessamos e que começo a equacionar, e, caso positivo, resolver. Estou sendo ajudado a apontar soluções à crise porque passamos, ou resolver em parte, repito: sem nunca me omitir. Repetirei sempre que, pelo tamanho da tarefa, pela grandeza da ACE, estamos nos empenhando com o maior rigor possível, desde no tom das falas até nas exortações que faço e tornei a fazer na primeira reunião deste ano (2021): ninguém destruirá a ACE pois somos o farol da engenharia de SC. Haveremos de fazer e estamos encaminhando, mesmo com muita dificuldade, para fora escuridão que se prenunciava. Mais ainda, estamos encaminhando propostas de estadualização, de onde se iniciará a federalização da marca ACE. Entretanto a situação patrimonial ou seja, o estado da nossa sede é lastimável, tendo se agravado pela pandemia, onde todos eventos foram impedidos, ficando a sede praticamente abandonada até esta diretoria assumir; e cada vez que se dispõe de aprofundar o estudo destas condições, com mais surpresas se depara. Isto se ensejou pela ação de vandalismo por meio de roubo de material metálico tipo cobre (de fiações e peças em geral), de alumínio (até esquadrias) e metais em geral; praticamente, nossa instalação de ar condicionado está 80 % perdida, entre outras constatações. Isto será objeto de informativo com um balanço da situação do patrimônio da ACE, incluindo a precariedade das manutenções empreendidas.
Entre diversas medidas necessárias para recuperar nossa capacidade de reação e estes infortúnios, está a adesão maciça de novos associados, pagamento das mensalidades dos já existentes, da volta do recebimento da fração da ART (cuja campanha estaremos iniciando) e a já iniciada campanha de aproveitamento dos espaços na sede. Continuam de pé, mais do que nunca, a proposição de eventos de quaisquer naturezas com finalidade de se angariar fundos, sem esquecer da implementação das ideias da chapa Competência e Retidão com Valorização (efetiva) da Engenharia.
Neste começo de ano de 2021 devo afirmar que o mote da chapa que nos levou à direção da ACE—a Valorização da Engenharia—está sendo colocado em prática. Na representação do CREA no Colegiado do mais relevante Departamento de Engenharia Civil “Os Aspectos Sociais da Formação Profissional” foram apresentados na última reunião do ano de 2020, em prol do reconhecimento desta faceta. Tais aspectos foram evidenciados em tal documento lido, explicado e distribuído a todos seus membros. Repito que a técnica e o social devem estar harmonicamente distribuídos na grade curricular, mas não estão há muito tempo, pois nunca estiveram num equilíbrio recomendável. Novamente repito que estas duas vertentes são indissociáveis, repetindo à exaustão, quem sabe fiquemos conscientes:
...se desvalorizando pessoalmente, como se valorizará profissionalmente?
Em outras palavras, sem nossa união entorno da nossa entidade, mais fracos continuaremos, mais explorados seremos no trabalho, menos retorno financeiro, e pior nossa situação perante a sociedade, pois nossos serviços continuarão piorando em qualidade—exemplos de tragédias na engenharia se tornam comuns! Agora vem a questão do social agregada ao associativismo tendo em vista a Campanha da ART de Volta que a ACE resolver encetar e se pede a adesão das demais associações de SC, e nova repetição:
... ao relegar a questão social, referindo à autoestima, do profissional, toda a classe de engenheiros, bem como toda a “rede” de pessoal tecnológico do Sistema CONFEA CREA, por observação própria, se descuida do associativismo ocasionando um lento esfarelamento das associações, agremiações, ou qualquer outra forma de agir em conjunto.
Precisamos fortalecer as Associações de Classe por uma razão bem especial: sem estas de onde o sistema CONFEA CREA vai achar seus Conselheiros, Diretorias, ou seja, de onde vão conseguir arranjar pessoas diplomadas para exercer sua função legal? Esta supressão da ART se configura no principal causador da situação financeira caótica da nossa associação: ter poucos associados que se apegam como deveriam nesta questão social, afinal, antes de engenheiros de quaisquer matizes, bem como a geólogos, geógrafos, meteorologistas, entre outros profissionais do Sistema CONFEA CREA, somos pessoas!
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