2ª parte das conclusões do Presidente da ACE Professor Roberto de Oliveira Ph.D. sobre o evento Diálogos Hidroviáveis 2022
Em seguida à excelente fala do representante da FIESC, foi abordado outro tema da atualidade a nível de Brasil: A BR do Mar (Lei nº 14.301/2022) e a navegação de cabotagem a partir dos portos catarinenses: principais cargas, destinos e desafios - Influência operacional nos outros portos da Federação.
Abordou muito bem o Diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias (DNHI/SNPTA) Dino Antunes Dias Batista. Sob sua “batuta” tem 36 Portos Públicos organizados no país. Nessa categoria, encontram-se os portos com administração exercida pela União, no caso das Companhias Docas, ou delegada a municípios, estados ou consórcios públicos. Recentemente a presidência da República, sancionou, no dia 7 de janeiro, o projeto que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, denominado BR do Mar, que objetiva ampliar a oferta e melhorar a qualidade do transporte por cabotagem. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um País. É um modo de transporte que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres. Aqui para Santa Catarina se constitui de solução mais próximas para diminuir os congestionamentos da BR 101. Participaram da mesa o Dep. Edinho Bez, (como representante da FRENLOGI) e Cleverton Elias Vieira (Diretor Presidente do Porto de São Francisco do Sul). Seguiram debates muito auspiciosos.
O tema seguinte apontou para o futuro, onde a WEG se apresentou por seu Diretor de Automação e Inovação tecnológica, Jairo dos Guimarães e Souza, pontuando sobre aspectos da tração elétrica, automação de processos e eficiência operacional aplicadas à logística portuária: a contribuição da indústria Catarinense ao País. Pode-se tentar resumir a fala como em qualquer ecossistema, a saúde e a produtividade de uma companhia estão diretamente relacionadas à sua capacidade de adaptar-se e modificar-se sem perder sua essência e estabilidade.
E a WEG consegue no mesmo modus operandi do “diálogo” com as demandas. Participaram da Mesa de Debates, Rosa Maria Pedroni (Professora/Pesquisadora e Coordenadora do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Navais da Faculdade de Tecnologia de Jahu, CEETEPS), Pedro Ventura (Diretor de Novos Negócios da Robert Allan Ltd RAL/Canada) e Eliezé Bulhões de Carvalho Assessor Técnico da Secretaria Especial de Assuntos Federativos -- PR). O primeiro debatedor fez uma visão geral de como enxergar o todo e, ao mesmo tempo as partes do negócio. Compreender que uma falha em uma das partes, por exemplo uma frota mal dimensionada, ou uma vistoria malfeita pode ocasionar danos materiais, financeiros e até comprometer a segurança, principalmente com a vida humana. Portanto, o profissional de Tecnologia em Sistemas Navais precisa conhecer os meios de transportes, rotas, normas, bem como os demais modais como o rodoviário, ferroviário, aéreo, conforme sua área de atuação. Já a RAL/Canada, estabelecida em Vancouver a Robert Allan Ltd. está comprometida em fornecer os mais altos padrões possíveis de serviços profissionais de engenharia e design marítimo para nossos valiosos clientes, criando assim embarcações de trabalho inovadoras que incorporam eficiência, durabilidade e desempenho.
Para encerrar o evento, tivemos assunto que atrai a atenção de SC, já que o projeto para implantação da Hidrovia do Rio Itajaí e sua viabilidade técnica. A ideia geral é que se torna necessária complementação pelas análises econômica e ambiental para a indústria Catarinense e Nacional. Caso que chama atenção não apenas aqui, mas sua aplicabilidade remete-se a todo país; no caso de portos em foz de rio pode usar o trecho do corpo hídrico como retroporto. Foi apresentado pelo Diretor Executivo do Consórcio Intermunicipal dos Municípios doa Foz do Rio Itajaí Açu, João Luiz Demantova.
Foram debatedores o Eng. Ivan Amaral (Diretor de Transportes da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de SC), Eng. Sérgio Lamarca (Gerente de Projetos de Engenharia da Lamarca Engenharia Ltda), Eng. José Wagner Ferreira (Instituto de Engenharia de São Paulo) e o Eng. Marcelo Werner Salles (Consultoria de Portos e Sistemas Portuários).
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