top of page

NOTÍCIAS DA ACE

Vendas de carros elétricos têm recorde em 2021

Ultima Atualização 23 de maio de 2022


Foram 6,6 milhões de unidades comercializadas e em 2022 já são 2 milhões em todo o mundo no primeiro trimestre, um aumento de três quartos em relação ao mesmo período do ano anterior


As vendas de carros elétricos continuam a apresentar um desempenho robusto neste ano, continuando com o ritmo de 2021. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 23 de maio, intitulado Global Electric Vehicle Outlook, diponível para download em inglês, a Agência Internacional de Energia aponta que apesar disso, são necessários maiores esforços para diversificar a fabricação de baterias e suprimentos minerais essenciais para reduzir os riscos de gargalos e aumentos de preços.


De acordo com a publicação da entidade, as vendas de carros elétricos dobraram em 2021 para um novo recorde de 6,6 milhões. Já para esse ano, são 2 milhões de carros elétricos vendidos em todo o mundo no primeiro trimestre, um aumento de três quartos em relação ao mesmo período do ano anterior. O total comercializado em todo o mundo até o final de 2021 era de cerca de 16,5 milhões, o triplo do valor de 2018.


Havia cinco vezes mais modelos de carros elétricos estavam disponíveis globalmente em 2021 do que em 2015, e o número de modelos disponíveis chegou a 450 até o final de 2021.

O destaque continua com a China onde as vendas quase triplicaram em 2021 para 3,3 milhões de unidades, representando cerca de 50% do total global. Na Europa houve aumento de 65% para 2,3 milhões e nos Estados Unidos mais que dobrou, para 630 mil unidades. O preço médio de um carro elétrico na China era apenas 10% superior ao de convencionais. Em comparação com a média de 45% a 50% em outros grandes mercados. Por outro lado, as vendas de carros elétricos estão atrasadas na maioria das economias emergentes e em desenvolvimento, onde apenas alguns modelos estão disponíveis e a preços inacessíveis para os consumidores do mercado de massa.


Na avaliação da agência, o apoio político sustentado tem sido uma das principais razões para as fortes vendas em muitos mercados. Na lista desses apoios estão gastos públicos gerais em subsídios e incentivos dobrando em 2021 para quase US$ 30 bilhões.


A AIE aponta que no curto prazo, os maiores obstáculos para a continuidade das fortes vendas de veículos elétricos são os preços crescentes de alguns minerais essenciais essenciais para a fabricação de baterias, bem como as interrupções na cadeia de suprimentos causadas pelo ataque da Rússia à Ucrânia e pelos contínuos bloqueios do Covid-19 em algumas partes da China. A longo prazo, são necessários maiores esforços para implantar infraestrutura de carregamento suficiente para atender ao crescimento esperado.


A agência cita em seu relatório que os preços do lítio eram sete vezes mais altos em maio de 2022 do que no início de 2021, e os valores do cobalto e do níquel também seguiram essa tendência. Com isso, o custo das baterias pode aumentar em 15% se esses preços permanecerem nos níveis atuais, o que reverteria vários anos de declínio. A invasão da Ucrânia pela Rússia criou mais pressões, já que a Rússia fornece 20% do níquel global para os dispositivos.


Outra constatação verificada é que os governos da Europa e dos Estados Unidos promoveram políticas industriais voltadas para o desenvolvimento doméstico das cadeias de suprimentos para esses tipos de veículos, já que mais da metade de toda a capacidade de processamento e refino de lítio, cobalto e grafite está localizada na China. Além disso, o país oriental é responsável por produzir três quartos de todas as baterias de íons de lítio e tem 70% da capacidade de produção de cátodos e 85% de ânodos, ambos componentes essenciais das baterias. Mais da metade de todos os carros elétricos em 2021 foram montados por lá.


O número de vendas globais de caminhões elétricos foi de apenas 0,3%. Essa participação precisaria aumentar para cerca de 10% até 2030 em um cenário alinhado com as promessas e metas climáticas anunciadas até o momento pelos países em todo o mundo e para 25% até 2030 no Cenário de Emissões Zero Líquidas da IEA até 2050. Até agora, caminhões elétricos foram substancialmente implantados apenas na China, graças ao forte apoio do governo.


11 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page